Durante o final do século XIX e início do XX, um sociólogo chamado Émile Durkheim se encontrou sob o seguinte dilema-existencial-social:Educar é conservar ou revolucionar?. Para o pensador francês, a liberdade do indivíduo é limitada pela do coletivo e, portanto, a educação que recebemos reflete esse princípio e tem como objetivo nos enquadrar às expectativas do meio social. Tal pensamento, hodierno, pode ser percebido(e dá até nojo), de forma assustadora na maneira como se transmitem o conhecimento tanto nas universidades como no ensino regular. Primeiramente, o erro maior: os "mestres" nos preparam para uma carreira e vida autômota( quando deveria ser autônoma), ou seja, o objetivo( e que objetivo, hein!) é simplesmente nos encher de informações(na maioria das vezes desnecessárias) que, na essência, produzem conhecimento, de fato, mas só que traumático( e não é ironia, nem hipérbole, é a mais pura verdade), e a sabedoria acaba trancada em um caixão de aço(talvez por não terem trabalho e esforço para tal). O pior é que este sujeito(o aluno) é chamado por todos de "o inteligente". Inteligentes é a porra! Inteligentes seriam se os mesmos se dessem conta da prisão na qual estão condenados a soterrar suas mentes fascinantes e brilhantes, em troca de um futuro mítico. A pedagogia nos ensinou que aluno não é o mesmo que estudante. Alundo significa etimologicamente " sem luz", e portanto, a tarefa dos professores é lhes conceder a claridão necessária para que obtenham um visão multifocal, e assim, os transformarem em estudantes, que é um grau superior na escala hierárquica do conhecimento. Por que não se formam pensadores? Kant dizia que nos ensinam a Filosofia, mas não nos ensinam a filosofar, e este é mais importante que aquele. São os pensadores que mudam a realidade, pois eles sabem o verdadeiro sentido da palavar criatividade(gênio + talento= sabedoria). Transmitem nas salas de aula: o Nazismo matou milhões de pessoas e Hitler é o Satã cristão.O que não entendemos é o porquê de não levarem os "meninos" a tirarem suas próprias conclusões acerca dos eventos do mundo. Deviam estimularem os mesmos a viverem a situação, obtendo assim, uma espécie de empatia com o povo sofredor e sentir na pele o que eles sentiram no momento histórico(talvez se fosse dramatizado). As salas de aula sem esse pensamento inovador deveriam ser chamados de campos de concentração. Por favor, deixem nossos "futuros" pensarem e adquirirem criticidade!. E o pior é que o melhor aluno é o que tira nota 10 nas provas(que ridículo!). Por tráz de todo esse aparato educativo sempre devemos sempre desconfiar da existência de aparelhos ideológicos. Na década de 60 do século passado, na França, um movimento ou corrente teórica chamado "Análise do discurso" e em cujos estudos concluíram que, o discurso é o espaço em que saber e poder se articulam, pois quem fala, fala de algum lugar, a partir de um direito que lhe é reconhecido socialmente. O que isso nos diz? Que o sujeito do discurso é polifônico, ou seja, há sempre vozes diversas implícitas e ocultas que se manifestam ideologicamente. Então, formar "decoradores de ideias" tem um motivo, consciente ou inconsciente. Ora, se eu adquiro criticidade em relação aos fatos da vida, então a qualquer momento posso me revoltar contra a ordem(ou desordem) estabelecida e não serei mais "marionete" de um discurso ideológico, pois eu vou me permitir ver as cordas que me controlam. Entende? É premente o surgimento de filósofos no seio da educação e da sociedade. Vivemos em um "Mito da caverna" e uma luz é emergencial. No meio de toda essa "porcaria" há aqueles que se aproveitam da bagunça para, digamos, enrolarem. E se alguns argutos estudantes percebem a falcatrua, então seremos odiados pelo "mestre" que nos ensina, e seremos considerados inimigos, ou um perigo ao seu mandato. Mas, o ditado popular nos diz que " ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão". Então, se do lado de lá há displicência e desrespeito, do lado de cá também serei e buscarei outras fontes de conhecimento, e então, estamos quites. Afinal, educar é tirar a venda dos olhos ou impedir que o excesso de luz nos deixe cegos? Nós, da equipe de "o macaco gordo", preferimos o risco de ficarmos cegos, a ficar a todo momento com medo de tropeçarmos em algo ou cair em um buraco( de fato já estamos em um buraco). Falamos em Durkheim no início e voltando ao mesmo, e citando-o, tendo como referência seu livro chamado EDUCAÇÃO E SOCIOLOGIA, o francês nos diz que a cada momento histórico, há um tipo de educação a ser transmitida. Ele acredita, assim como nós de "o macaco gordo" que em algum momento, a maneira como se educa deve se diferenciar, para que não nos tornemos apenas "robôs". Então, você que está lendo este blog, quer ser um "robô", ou quer ser o cara que controla a máquina? Disciplina sem sonhos produz pessoas autômotas e que só sabem obedecer a ordens( AUGUSTO CURY). Então, una-se a nós, e sonhe sem medo do fracasso.
ARRISQUE!
sábado, 17 de abril de 2010
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